Tarja Preta

Anísio Teixeira dizia que educação não é um privilégio porque é obrigatória e para todos, não só para os que podem pagar por uma educação, o mesmo afirmava que a educação é um direito. Isso é, se é direito, é direito para todos. As contribuições de Anísio para a educação brasileira está implantado na criação da Universidade do Distrito Federal, com uma ideia de criação de uma universidade que faça pesquisa e investigue a realidade, porém, teve um tempo muito curto. Também a criação das escolas parques, onde é possível um ensino educativo integral de qualidade e que seja trabalhado com os estudantes na sua forma mais plena, como trabalhar não só com a mente, mas com o corpo e as mãos, isso é: fazendo artesanato, plantando, pintando e criando. A UFSB tem como base as ideias e estudos de Anísio Teixeira, como uma universidade inclusiva, para todos. Dos grandes educadores brasileiros, não poderia nunca ficar de fora deles o Anísio Teixeira, com um olhar sempre voltado para a educação para

Paulo Freire contribuiu com o Brasil e a educação brasileira, levou educação a regiões distantes do país onde se ouviam falar de escola, mas não tinham a esperança de estudarem em uma escola. Paulo Freire levou não só a escola, como também a esperança para esses adultos e trabalhadores. A metodologia Freiriana está espalhada por todo o mundo, sua contribuição é nítida e importante para a educação mundial, não apenas para a educação brasileira. Hoje, pode-se ver as contribuições de Freire em escolas de ensino básico, onde foram plantadas a ideias que já deram muitos frutos da educação. Na UFSB é notório ver as contribuições de Paulo Freire pelo modo de ensino, pela forma que os componentes são dados, buscando sempre levar as ideias de Freire, como a curiosidade, visão de mundo e problematização. Os alunos apresentam sua visão de mundo, suas ideias e opiniões diante uma questão, uma problematização que está na sociedade, no meio acadêmico e com base nisso, cria a curiosidade de experimen

A visita no colégio trouxe reflexão e questionamento a um tema muito discutido: direitos iguais aos jovens de escola pública e privada. Foi bastante claro e notório a diferença entre o ensino de um colégio público e privado. Principalmente nos conteúdos que os alunos estudando, que são conteúdos muitas vezes que já deviam ter estudado em outros anos. Por outro lado, é esperançoso saber que a maioria desses jovens querem entrar em uma instituição de ensino superior, com alguns demonstrando interesse pela UFSB. Outra questão que pude observar foi uma já bastante discutida em sala de aula, a das universidades públicas para aqueles que estudaram sempre em escolas privadas e as faculdades particulares para aqueles que estudaram em colégios públicos. É como se tivesse uma inversão, aqueles que toda vida pagam por um ensino de qualidade, agora estudam em instituições públicas buscando um ensino de qualidade. Enquanto outras pessoas que não tiveram os mesmos direitos e não têm, pagam para estu

A UFSB, por ter um modelo interdisciplinar e dar uma certa autonomia para que a gente possa levar nossos conhecimentos e vivências pessoais para dento da sala de aula, faz com que a nossa formação pessoal seja construída e abastecida com outras vivências de colegas e de professores, um passando ao outro o seu conhecimento e gerando uma carga de conhecimentos que forma e formará o nosso processo pessoal e de formação universitária. O que eu penso sobre o modo que a UFSB pode nos auxiliar, é gerando autonomia para que nós possamos refletir, criar e ter nossa própria linha de pensamentos sobre questões universitárias e social. O aluno chega dentro das universidades convencionais já encaixado dentro de um curso específico, na UFSB temos a liberdade de estudarmos um pouco de cada área, então, muitas vezes chegamos com o pensamento de fazer um curso, e ao longo da caminhada universitária mudamos de curso por um acontecimento no percusso, que pode ser uma matéria que nos tenha chamado atenção

As primeiras universidades surgidas no ocidente, as universidades medievais, eram totalmente influenciadas e regidas pela igreja católica, com uma carga religiosa bastante forte. E que por ter essa influência religiosa nas universidades do mundo ocidental, eram poucas as pessoas que podiam estudar, e dentre essas poucas, eram somente: homens, ricos, nobres, burgueses ou membros do clero. Esses que entravam na universidade ingressavam muito novos, por volta de seus 12 a 15 anos, e não podiam ter pensamentos críticos e nem ir contra as ideias da igreja. Porém, esses modelos de universidades foram sofrendo transformações ao longo dos tempos até chegar no que temos hoje, e no entanto ainda baseia-se em alguns modelos pedagógicos daquela época.

O modelo pluriversitário pode contribuir com o ensino superior com sua forma de trazer para o meio universitário o diálogo entre a universidade e a população, o meio social. Esse modelo adotado pela UFSB, traz para sala de aula a diversidade da população, pois quando se coloca em uma mesmo ambiente, principalmente o universitário, pessoas indígenas, quilombolas e entre outros, não tem como surgir um diálogo de conhecimentos e vivências, que podem ser aplicadas em todos os meios. Essa é uma das contribuições que esse modelo pode trazer, fazendo com que a universidade chegue mais perto da realidade e cultura dos seus estudantes, e podendo transformar tudo em saberes, agregando tudo e todos.